História das Ilhas Maurício
Conheça a história das Ilhas Maurício desde os primeiros assentamentos árabes e malaios até se converter no destino turístico que é hoje em dia.
Os navegantes árabes e malaios provavelmente já conheciam as Ilhas Maurício durante o século X d.C. Até o século XVI, os árabes as denominaram ilha Dina Arobi.
Em 1505, foi descoberta pelo português Pedro de Mascarenhas.
Em 1598, o holandês Van der Neck tomou posse da ilha, a qual denominou Maurício em honra a Maurício de Nassau, stadhouder da Holanda e Zelândia e filho de Guilherme I, Príncipe de Orange.
A ocupação foi mais no papel que de fato até o ano 1638, quando Cornelius S. Goyer ordenou a construção de um forte. Com ele, surgiu uma colônia que se denominou Mahe, a atual Mahebour, situada ao sudeste da ilha.
Os holandeses abandonaram a colônia em 1710, por falta de rentabilidade e por motivos estratégicos.
Em 1712, chegou às ilhas a companhia francesa das Índias Orientais.
Após a abolição da companhia por Choiseul em 1767, as Ilhas Maurício ficaram sob o controle direto da monarquia francesa, que mudaram seu nome para “Ile de France”.
Após a chegada da companhia francesa das Índias Orientais e ainda mais a partir da sua ligação direta com a coroa francesa, Ile de France converteu-se em um importante centro agrícola, exportando açúcar de cana, canela, noz moscada, baunilha e palma de coco, principalmente.
Em agosto de 1810, após a guerra franco-britânica, as Ilhas Maurício foram ocupadas pelos britânicos, posse ratificada pelo tratado de Paris de 1814. Os britânicos recuperaram o nome holandês da ilha: "Mauricius".
Fim da escravidão e processo descolonizador
Em 1845, a escravidão foi abolida nas Ilhas Maurício, o que propiciou uma migração massiva de trabalhadores hindus, atualmente a maioria da população do país.
Após a Segunda Guerra Mundial, a ilha começou seu processo descolonizador. Em 1947, cria-se uma Assembleia Legislativa que deu os primeiros passos na direção da autonomia da ilha.
Em 1957, o governo britânico concedeu autonomia à ilha.
Em 1963, as eleições deram o poder ao Partido Trabalhista, integrado quase na totalidade pela população hindu, fervorosa partidária da independência. O partido perdedor, o socialdemocrata, partidário de manter a associação com a Grã-Bretanha, representava os interesses da comunidade francesa e dos proprietários das plantações de cana-de-açúcar.
A agitação política subiu de tom. Em 1965, foi realizada uma conferência em Londres da qual saiu um acordo pela independência.
Nas Ilhas Maurício, constituiu-se o Partido pela Independência, fruto da fusão do Partido Trabalhista, representante dos hindus, e do Comitê de Ação Muçulmana, representante dos muçulmanos de origem malaia.
O novo partido obteve a maioria nas eleições de 1967. Os socialdemocratas boicotaram a declaração de independência e fizeram todo o possível para evitá-la; houve episódios de lutas comunais, aplacadas com a ajuda das tropas britânicas.
Em 12 de outubro de 1968, a Grã-Bretanha declarou a independência das Ilhas Maurício, sendo seu primeiro presidente Sir Seewoosagur Ramgoolam.
Ilhas Maurício na atualidade
As Ilhas Maurício são um dos países mais densamente povoados do mundo, com mais de 630 habitantes por quilômetro quadrado, que vivem dos monocultivos da cana-de-açúcar e do turismo. Sua beleza atrai a milhares de turistas todos os anos, especialmente para viagens de lua-de-mel, decididos a desfrutar este paraíso conhecido no mundo como “Ilha Praia”.